sexta-feira, 14 de maio de 2010
É difícil ser unânime
Ser editor de um telejornal é complicado, para não falar um palavrão. Definir pautas e seus respectivos focos com cada repórter, e fazê-los visualizar a matéria antes mesmo de começar a correr atrás das fontes. Acompanhar cada reportagem, mesmo que por telefone ou msn, e ter que pensar em uma solução quando algo dá errado. Cobrar sobre o andamento das entrevistas, dos focos, das edições, dos prazos. É difícil ser odiado pelo grupo, simplesmente por ser um chato profissional. Odiado pode ser exagero, mas em muitos momentos sei que as deixei iradas comigo. Mas é a forma que encontro de tirar o máximo de cada uma. E certamente elas deram o máximo de si. É isso que vocês poderão comprovar, daqui a pouco, com a terceira edição do Jovem.Com. Matérias bem feitas, conteúdo interessante, chamadas de matérias super atrativas. Mas eu seria injusto se não falasse do cenário. Foi uma das ideias insanas da professora Fabiana Piccinin. A verdade, é que ela odiou aqueles bancos usados pelas apresentadoras nas duas primeiras edições. E sinceramente, estava cafona. Mas como acabar com o cenário careta? Simples, tirando o cenário fora, e construindo um em 3D. E coube a Pablo Melo a criação do cenário virtual. Dei algumas ideias, as gurias deram outras, e passamos, de forma não muito clara nossas intenções para "O cara" da edição. Sim, o Pablo merece ser chamado de "O cara". Apenas quem já viu o cenário e sabe da dificuldade de criar algo do tipo para conseguir admirar por completo o trabalho dele. Sem contar que a apresentação da Yaundé foi nota 10. Mas vou parar de elogiar, para não inflar demais o ego de cada um. Um último agradecimento (ou últimos) digno de lembrança: os câmeras da Unisc, além do Pablo já citado, Élio Brixius, Valmor Emmel e Luis Habekost. Um "Muito Obrigado" de toda a equipe do Jovem.Com por nos aturarem e entenderem nossa insanidade. Apesar das dificuldades, é uma honra estar com toda essa galera, trabalhando para fazer o melhor. Fico triste quando chego com alguma ideia e sou ignorado. Fico chateado quando me dizem "não dá, não consigo, é difícil", porque tudo a que nos submetemos ali é difícil. Sei que não tenho ideias geniais, mas eu tento, e inisisto o máximo que posso para fazermos o melhor telejornal. É o paradigma de um editor. Não querendo usar o clichê (mas já usando), vivemos entre a cruz e a espada. Mas não me importo. Aprendi o quanto é difícil ser unânime. Mesmo assim, espero que gostem do nosso trabalho, e que ele consiga trazer-lhes algo. Essa é nossa maior recompensa.
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É isso aí meu caro. A vida e o jornalismo não são fáceis. Especialmente porque a essência de ambos é lidar com pessoas que...não são fáceis (rs,rs). Mas o segredo da coisa é justamente não desistir para podermos olhar o produto pronto e sabermos todos os perrengues que passamos para dar "a luz" ao filho querido, digo, ao telejornal querido.
ResponderExcluirAh, e mais uma coisa: já dizia o sábio Nelson Rodrigues que "toda unanimidade é burra".
ResponderExcluirPenso que tens mais razão para te orgulhares que para lamentar.